Prefeito de Dom Feliciano entrou com recurso para reverter à bandeira vermelha
Os municípios da região Costa Doce foram surpreendidos durante o final de semana, ao serem incluídos na bandeira vermelha imposta à região pelo governo do Estado, de acordo com o Distanciamento Controlado da pandemia de coronavírus.
Indignado com a imposição, o prefeito de Dom Feliciano, Clenio Boeira da Silva, entrou com uma ação administrativa para reverter à situação com as seguintes alegações:
- O município teve apenas 3 casos confirmados e já recuperados;
- Atualmente 12 pessoas estão em monitoramento;
- 67 pacientes testaram negativo;
- Dom Feliciano possui uma ambulância UTI pronta e mais uma sendo montada;
- O Município conta com uma Sala Vermelha no Hospital São José equipada para pronto atendimento;
- O Município está ha 40 dias sem nenhum novo caso.
A grande razão para a determinação do governo do Estado é a falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Centro Sul que acaba ficando dependente da região Metropolitana, onde os índices de internação se elevaram significativamente na última semana.
O processo de implantação da UTI em Camaquã, que já deveria estar em funcionamento, emperrou na burocracia do Estado, nos trâmites de licitações para aquisição de equipamentos, incluindo camas, ventiladores e outros.
Administradores municipais da região entraram em contato com o governador, Eduardo Leite e com a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann para contestar pessoalmente a medida e durante o domingo as assessorias jurídicas das prefeituras municipais que integram a Associação dos Municípios da Região Costa Doce (Acostadoce), elaboraram um documento para formalizar o recurso que foi impetrado ao final da tarde, às 18 horas.
“O grande vilão não é o comércio aberto e que está cumprindo os protocolos de segurança com a oferta de álcool em gel, controle de fluxo nas entradas dos estabelecimentos, retiradas de provadores de roupas, higienização de carrinhos e cestas nos supermercados, enfim, mas o grande problema está na rua. São as pessoas que não estão entendendo o processo e se reunindo para fazer churrascos entre 15 pessoas ou mais. Gente que está burlando o sistema achando que isso ainda é uma gripezinha”, apontou Rafaeli.
O documento enviado ao Estado também detalha um novo plano de contingência que deverá ser implantado pelos municípios para conter o avanço da doença, mesmo que a região volte à categoria de bandeira laranja.
Além de Dom Feliciano, os municípios de Camaquã, Chuvisca, Cerro Grande do Sul, Sentinela do Sul, Tapes, Arambaré e Sertão Santana, também recorreram da decisão e aguardam julgamento. Ainda na tarde desta segunda-feira (22) deverá haver uma vídeo reunião entre os prefeitos e o governador Eduardo Leite para tratar do tema, logo depois ocorre o julgamento do recurso e às 18 horas sai a definição do que ficar definido.