Polícia


Justiça prorroga por mais 30 dias prisão da mãe de menino morto em Planalto

Juíza acolheu pedido da polícia para estender a detenção. Advogados também haviam representado um pedido de soltura na sexta-feira (19).
22/06/2020 G1

A juíza Marilene Parizotto Campagna, da comarca de Planalto, no Norte do estado, prorrogou por mais 30 dias a prisão de Alexandra Dougokenski, nesta segunda-feira (22). Suspeita de matar o filho, Rafael Mateus Winques, há cerca de um mês, ela confessou o assassinato, mas alega não ter tido intenção ao administrar um remédio contra a ansiedade para o menino dormir.

A prisão temporária, expedida pela Justiça, terminaria nesta terça (23). A defesa de Alexandra e a Polícia Civil representaram um pedido, na sexta (19). Os advogados reivindicavam a soltura após o período estabelecido e a polícia, a extensão da detenção.

A juíza entendeu que a manutenção da prisão é necessária para que a investigação siga ocorrendo sem prejuízo a provas e testemunhas. A magistrada destacou, ainda, que o endereço de residência da suspeita é o mesmo do crime, o que pode influenciar no andamento do inquérito.

"A prorrogação da prisão temporária da investigada revela-se imprescindível para as investigações do inquérito policial, (...) com a juntada dos laudos periciais pendentes e com a realização das diligências faltantes, pode surgir a necessidade de outras diligências complementares, inclusive oitiva ou reinquirição de testemunhas, que podem ser influenciadas pela investigada, caso posta em liberdade", explicou na decisão.

Ao G1, o advogado Jean Severo, que representa Alexandra, afirmou que recebeu com tranquilidade a extensão da prisão. Além disso, destacou que a decisão da juíza determina que laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) sejam anexados ao inquérito. Segundo ele, as perícias podem reforçar a ideia de que a morte foi acidental.

"A magistrada quer que sejam aportados os laudos, assim como a defesa, então vamos aguardar o quanto antes esses laudos. Isso é muito importante", diz Severo. "Apareceram substâncias, medicamentos na urina do menino. E, se houve morte por asfixia, foi no transporte do corpo, o que comprova que ela nunca teve dolo. A gente acredita que, com isso, consiga finalizar o crime como homicídio culposo", conclui.

Com a decisão, Alexandra Dougokenski deve permanecer detida na Penitenciária Feminina de Guaíba até 23 de julho. De acordo com a defesa, um novo pedido de liberdade não deve ser feito neste momento. O advogado informou que decidiu aguardar o andamento do processo.

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