Política


Preso por suspeita de desvios na área da saúde, prefeito de Rio Pardo renuncia ao cargo

Vice-prefeita, Rosane Rocha (PTB), deve tomar posse na tarde desta quarta (24). Ela já respondia de forma interina pelo município desde que o prefeito Rafael Barros (PSDB) foi preso em uma operação.
24/06/2020 G1

O prefeito de Rio Pardo, Rafael Barros (PSDB), renunciou ao cargo na terça-feira (23). O advogado que o representa, Ezequiel Vetoretti, informou ao G1 que a renúncia foi apresentada na manhã desta quarta (24) à Câmara de Vereadores.

Barros está preso, desde final de maio, por suspeita de envolvimento em um esquema que desviou, pelo menos, R$ 15 milhões de reais da saúde do município.

"Foi um documento que o Rafael assinou com muita tristeza, mas ele elencou os motivos que fizeram com que ele tomasse essa difícil decisão. Entre eles, a necessidade que ele tem agora de focar as atenções na sua defesa. E também, porque ele pensa que o município tem que virar essa página, tem que continuar o caminho do desenvolvimento", afirma Vetoretti.

A vice-prefeita, Rosane Rocha (PTB), deve tomar posse na tarde desta quarta, em uma sessão solene, na Câmara de Vereadores. Ela já respondia de forma interina pelo município desde que Barros foi preso.

Uma força-tarefa da Operação Camilo ocorreu no dia 27 de maio, e além do prefeito, outras 14 pessoas foram presas. A ação teve participação da Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, Ministério Público Federal e Ministério Público estadual.

Operação Camilo

A investigação apurou que o serviço de saúde do Hospital Regional do Vale do Rio Pardo (HRVRP) foi terceirizado para uma organização social, por meio de um processo de chamamento público direcionado. A instituição vencedora foi escolhida em outubro de 2017 para administrar diversas atividades, como limpeza e sanitização hospitalar, radiologia, exames de imagem e Samu, entre outros.

Já contratada, a organização social subcontratou empresas que serviram como instrumento de execução de desvio de dinheiro público, segundo o MP. Elas realizam superfaturamento dos valores cobrados pelos serviços prestados e pela não execução de partes de suas obrigações contratuais.

Conforme o Ministério Público, as provas coletadas, na investigação, indicariam a existência de um esquema criminoso que conta com a participação dos gestores da organização social, de empresas privadas e de servidores públicos.

Deixar um comentário

MAIS NOTÍCIAS

FACEBOOK

Mercado Gaúcho 2

NEWSLETTER

Informe seu e-mail e fique por dentro das nossas novidades!

dj arAline Rosiak

PREVISÃO TEMPO

HORÓSCOPO

COTAÇÃO AGRÍCOLA

INSTAGRAM

PODCASTS