Moradores de Ametista do Sul pedem justiça em protesto por morte de empresária durante assalto
Moradores de Ametista do Sul, na Região Norte do estado, realizaram um protesto para pedir justiça pela morte da empresária Inês Ribeiro, na tarde de quinta-feira (2). Ela foi baleada durante um assalto na joalheria em que era proprietária. Dois suspeitos foram presos e um terceiro está foragido.
Inês foi enterrada na manhã desta sexta (3). Ela tinha 50 anos, era casada e tinha um filho de 12 anos.
Os manifestantes saíram da Praça Central e caminharam até a loja. Segundo os organizadores, cerca de 200 pessoas participaram do ato em homenagem à proprietária.
Conforme a Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária (Acias) da cidade, Inês tinha a joalheria há cerca de oito anos e ficou conhecida por ser uma pessoa que participava da comunidade e era engajada em causas sociais do município. Ela era filha de um dos fundadores de Ametista do Sul.
A Acias publicou uma nota de pesar e repúdio na quinta-feira. Veja abaixo.
O crime
Suspeitos entraram na joalheria, que fica no centro da cidade por volta das 9h de quinta. Antes de fugirem em um Corsa, eles atiraram na empresária, que morreu a caminho do hospital.
Ainda na tarde de quinta, a polícia prendeu em flagrante um dos suspeitos. Com ele foram encontrados diversos objetos furtados da loja. Durante a noite, um segundo homem foi preso, na casa da mãe dele, também em Ametista do Sul. Um saco plástico com outras peças furtadas foi encontrado com ele.
De acordo com o delegado Ercílio Carletti, os suspeitos foram identificados através das imagens de câmera de segurança da loja. A polícia informou que já conhecia os homens por terem cometido um crime semelhante na cidade de Planalto.
O terceiro suspeito identificado teve prisão preventiva decretada e está foragido. Ele seria o responsável pelo disparo que matou a empresária.
O carro utilizado na ação foi encontrado incendiado em uma estrada do interior do município, também na quinta-feira.
A Polícia Civil e Brigada Militar informam que qualquer informação sobre o paradeiro do foragido podem ser repassadas à BM (190) e/ou à Polícia Civil (3752-1082).
Nota da Acias
A pequena e pacata Ametista do Sul vive um dia triste e de grande revolta. A empresária, mãe, esposa, filha, amiga, Inês Ribeiro de Gregori, sai para trabalhar e tem sua vida ceifada pela criminalidade. Sem qualquer reação, simplesmente, por maldade, covardia.
Enquanto entidade representativa do empresariado, expressamos nossa angústia e repúdio quanto a situação vivenciada. Nos questionamos, sobre o quão seguros estamos diante do cenário atual que vivemos? Contribuímos com a sociedade gerando empregos, aquecendo a economia, pagamos impostos, giramos o setor financeiro, e ao que temos direito, a nossa segurança, não nos é garantida!
Revolta e tristeza, assolam nossos corações aflitos. Vivemos tempos de pura maldade, ganância, falta de amor ao próximo.
Clamamos por justiça, para dar o mínimo de consolo a essa família, em ver os culpados identificados e penalizados, pagando por seus atos. Que as entidades competentes possam dar atenção especial a este caso, que não passe impune e despercebido. Pedimos por mais segurança pública, para que tenhamos tranquilidade em deixar nossas casas e trabalhar, é o mínimo que todos nós, cidadãos brasileiros, merecemos e reivindicamos das autoridades. Que a Inês, tão querida por todos, possa fazer sua passagem com serenidade, ser acolhida nos céus.
Hoje, a frase que representa a todos nós, é de Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”.
Descanse em paz Inês Ribeiro de Gregori!