Polícia


Preso foragido investigado por morte de homem espancado e carbonizado em Porto Alegre

Operação prendeu ainda outros quatro homens em flagrante e apreendeu um adolescente. Vítima foi torturada e morta em janeiro do ano passado na Vila Bom Jesus.
06/08/2020 G1

A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quinta-feira (6), mais um investigado pela morte de um homem que foi torturado e carbonizado, na Vila Bom Jesus, Zona Leste de Porto Alegre. O suspeito estava foragido. O crime aconteceu em janeiro de 2019.

Outros quatro homens foram presos em flagrante, com armas e drogas, e um adolescente foi apreendido. A ação faz parte da 3ª fase da Operação Matriarcado.

"Foram cinco mandados de busca. Em um dos locais, nós encontramos um dos foragidos com uma arma raspada e com material de uso restrito. Nos outros locais, ocorreram prisões em flagrante porque encontramos armas e drogas", afirma o delegado Guilherme Gerhardt.

Segundo o delegado, nas duas primeiras fases da operação e ao longo do ano passado, 25 pessoas foram presas. Inclusive uma mulher, conhecida como "Madrinha", apontada como gerente do tráfico da Vila Bom Jesus e suspeita de ser a mandante do crime.

Dois suspeitos ainda estão foragidos.

O crime

Josiano Jonatas de Mello, de 35 anos, foi morto em janeiro de 2019. Câmeras de segurança registraram o assassinato (veja acima). O homem foi espancado, torturado, jogado em um terreno baldio e queimado.

A polícia apurou que Josiano foi "julgado" por um "tribunal do tráfico", após ser acusado pela companheira de ter abusado da filha deles, de 12 anos. O suposto estupro teria acontecido no dia 13 de janeiro.

Esse suposto abuso é investigado pelo Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca). As autoridades disseram que, muitas vezes, as facções se utilizam de pretextos, nem sempre verdadeiros, para justificar as ações criminosas, e que o suposto estupro poderia ser apenas um boato.

"Ele foi julgado pelo tribunal do tráfico e foi decidido que ele deveria ser morto com tortura. Ele passou a ser torturado durante o trajeto, até os últimos 15 minutos de vida. Nos últimos 15 minutos ele foi largado em praça pública, na comunidade. Havia criança próximo, família, pessoas transitando e ele sendo executado ali e torturado", afirmou, na época, o delegado Gerhardt.

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