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“Grey’s Anatomy”: 16ª temporada estreia no Brasil com novo dilema para a protagonista

Episódios inéditos da série médica mais longeva da história serão exibidos nas noites de terça-feira, às 21h, no Sony Channel
15/01/2020 GaúchaZH

Em frente a um conselho que bem poderia ser um júri, uma cirurgiã defende a própria licença médica, após cometer fraude para tratar uma criança sem plano de saúde. Essa é uma das cenas mais impactantes da 16ª temporada de Grey’s Anatomy, que estreia nesta terça-feira (14) no Brasil, às 21h, no canal Sony.

Nos novos episódios, a protagonista Dra. Grey (Ellen Pompeo) se afasta do hospital Grey Sloan e começa a perceber que os problemas com a saúde nos EUA vão além de situações pontuais que ela vivenciou durante sua carreira.

O que seria um movimento ambicioso para qualquer drama médico, mostra-se um desenvolvimento natural na trama de Grey’s, há 15 anos no ar. Ao longo das temporadas, mais do que cirurgias complicadas ou diagnósticos exóticos, os personagens de Shonda Rhimes, criadora do show, enfrentaram bombas, tiroteios, tempestades, acidentes de carro, quedas de aviões – resumindo, poucas tragédias ainda não foram exploradas pelos roteiristas. Tudo isso, no entanto, combinado a críticas sociais, em uma das produções pioneiras em dar espaço a mulheres, negros e homossexuais.

— Acho bem importante esse protagonismo das mulheres, porque eu, por exemplo, tenho 32 anos hoje, não sou casada, não tenho filhos e não quero ter, então  me vejo bastante nesta série, em algumas personagens — afirma Mariane Cechinel Gonçalves, que desenvolveu a dissertação I Don’t Speak Girl: o retrato das mulheres em Grey’s Anatomy em 2016, na Universidade Federal de Santa Catarina.

Em sua pesquisa, Mariane destaca a série por trazer personagens femininas complexas, com anseios pessoais e profissionais. Ao longo dos anos, além de enfrentar o machismo no ambiente de trabalho, cada uma delas aprende a vencer as próprias expectativas, como médicas, chefes, esposas, mães. 

— Quando você é mulher, parece que tem que escolher entre ter uma carreira de sucesso ou ter uma família — conclui a pesquisadora. 

Grey’s Anatomy mostra que não é tão simples.  

Longevidade

A fórmula parece estar funcionando: renovada para mais um ano, Grey’s Anatomy já conta com 355 episódios e ultrapassou Plantão Médico como a série médica mais longeva da história. Mas, enquanto os fãs se mantêm fiéis a Grey’s, o seriado mais assistido no canal ABC (onde é originalmente exibido) entre adultos de 18 a 49 anos, o elenco dá sinais de cansaço. 

Na última sexta-feira, foi a vez do ator Justin Chambers, 49 anos, anunciar sua saída da produção. Intérprete do Dr. Karev, um dos protagonistas desde a estreia, ele contou que deseja diversificar sua carreira. Chambers se une a outros artistas, como Sandra Oh e Patrick Dempsey, na lista de favoritos do público que se despediram da série nos últimos anos. 

Mesmo com os desfalques, se depender da presidente da ABC, Karey Burke, as emergências médicas estão longe de chegar ao fim. Em agosto de 2019, ela declarou durante o Television Critics Association Awards (TCA) que a série seguirá enquanto Ellen Pompeo e Shonda Rhimes desejarem. 

— Nós as amamos — afirmou Burke. — Espero poder assistir ao show com meus netos.


Há 15 anos no ar, tramas médicas seguem relevantes

Grey’s Anatomy estreou na televisão dos EUA em 2005, apresentando uma turma de cirurgiões em treinamento. De lá para cá, os aprendizes se tornaram mestres e o roteiro recorreu a malabarismos para buscar tramas inovadoras. 

Entre altos e baixos com a audiência e os críticos, a produção parece ter retomado o ritmo nas últimas temporadas. Um exemplo está em Silent All These Years, episódio exibido em março de 2019, que mantém a melhor avaliação de toda a série no IMDb, com uma pontuação de 9,6. 

No capítulo, uma vítima de estupro é atendida pelas médicas, e, em uma cena que se tornou viral, todas as mulheres do hospital criam um corredor de isolamento para que a paciente, assustada com a presença de homens, seja levada até o centro cirúrgico. 

Inspirado em procedimentos reais, o momento foi comentado por Krista Vernoff ao portal EW: “É tão raro obter esse tipo de representação na TV, que analisa as conseqüências da violência e se concentra em maneiras pelas quais podemos apoiar e curar um ao outro, em vez de causar danos. Como showrunner, quando você ouve uma ideia como essa, você só pode dizer ‘Sim, por favor’”.


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